Bombeiro realiza transplante facial após queimaduras de terceiro grau e sobrevive contra todas as estimativas – veja ele agora, 7 anos mais tarde

Patrick Hardison recebeu feridas devastadoras em um incêndio domiciliar quando tentava resgatar uma mulher que ele acreditava estar presa nas chamas.

O corajoso homem acabou com queimaduras de terceiro grau em toda a sua face e couro cabeludo – por anos ele usou um boné, óculos escuros e orelhas prostéticas em público.

Patrick se lembra de crianças correndo quando viam ele, mas sua vida mudou novamente em 2015, quando ele passou pelo transplante facial mais complexo até hoje.

De acordo com relatos, Hardison tinha 50% de chance de sobreviver ao transplante facial. Ainda assim, a cirurgia – que demorou 26 horas e precisou de mais de 100 pessoas trabalhando em duas equipes – foi um sucesso. Hoje, Patrick Hardison está vivendo a vida ao lado de sua amada esposa e filhos.

Aqui está tudo o que você precisa saber sobre sua incrível história – e como Patrick está hoje.

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Nós tempos muito conhecimento sobre o corpo humano hoje em dia. Médicos, enfermeiras, cirurgiões e todos os outros no campo da medicina são verdadeiros heróis, fazendo de tudo para ajudar as pessoas a melhorarem. É realmente surpreendente o que se pode fazer para salvar uma vida nos dias de hoje. Por exemplo, os cirurgiões podem realizar um transplante de coração ou rim.

Patrick Hardison – transplante facial

Com o conhecimento que os profissionais têm hoje em dia, é possível até mesmo mudar uma face inteira para pessoas com necessidade. Transplantes faciais têm sido realizados desde 2005, quando Isabelle Dinoire se tornou a primeira pessoa a receber um. Em 2015, outro transplante de face muito especial foi realizado nos EUA, quando Patrick Hardison se tornou o primeiro norte-americano a passar pelo procedimento.

Assim como qualquer outro pai amoroso, Patrick participava das competições esportivas de seus filhos, e gostava de passar tempo com sua família. O bombeiro voluntário sempre gostava de ajudar sua comunidade de qualquer maneira que pudesse.

Um dia, em 2001, porém, as vidas dele e de sua família mudariam para sempre.

Patrick foi chamado a um incêndio domiciliar, onde ele recebeu queimaduras faciais em seu torso superior, cabeça e pescoço. As chamas também levaram sua orelha, lábios e a maioria do tecido de suas pálpebras, e boa parte de seu nariz.

Parecia que ele estava destinado a enfrenta ruma vida de crianças correndo dele e outros pais fofocando. Mas em 2015, o transplante facial mais complexo já realizado se tornou realidade.

Patrick tinha apenas 50% de chance de sobreviver ao procedimento, isso era o quão complexo era. Hoje, ele tem uma face totalmente nova – e está com uma aparência incrível. Aqui está tudo o que você precisa saber sobre a incrível história de Patrick Hardison.

Youtube/NYU Langone Health

Patrick Hardison, do estado norte-americano do Mississippi, trabalhou como um bombeiro voluntário cedo em sua vida. Em 2001 ele respondeu a um incêndio domiciliar quando um acidente horrível ocorreu.

Feridas desfigurantes no incêndio domiciliar

Hardison estava dentro da casa em chamas quando ela desabou sobre ele.

“[Minha máscara] derretia na minha cara”, Hardison disse. “Minha mangueira [já] estava derretida.”

Ele conseguiu escapar através de uma janela, mas sua cabeça e corpo superior já estavam em chamas, e Patrick sofreu feridas horripilantes.

“Para alguém que faz o que fazemos para se sustentar, eu nunca vi ninguém se queimar desse jeito e sobreviver”, amigo e socorrista, Jimmy Neal, lembrou de quando viu Hardison após o acidente.

O pai tinha queimaduras de terceiro grau em toda sua face e couro cabeludo. Além disso, ele sofreu queimaduras faciais em sua cabeça, pescoço e torso superior. O fogo também levou suas orelhas, lábios e a maioria de seu nariz, e até mesmo a maioria das pálpebras.

“Eu não consegui me ver até novembro. Eu me machuquei em setembro”, Hardison controu à Fox News. “Eles tiveram que fazer um buraco em uma das minhas pálpebras porque elas estavam totalmente cobertas, enxerto de pele. Eu me olhava no espelho, era tudo que eu podia fazer, eu disse, ‘é isso? Não consigo assim”, ele se lembra.

Uma nova vida esperava por Hardison. Ele passou por 71 cirurgias e vários outros procedimentos, mas ele ainda era incapaz de fazer qualquer expressão facial. Patrick não conseguia comer ou rir sem sentir dor e não conseguia nem piscar ou fechar os olhos.

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Os cirurgiões conseguiram colocar alguns pedaços de pele para proteger sua visão. Mas ainda assim ele corria o risco de lenta, mas certamente, de perder a visão.

Conforme os anos passaram, Patrick teve dificuldades em aceitar sua aparência. Apenas estar com seus filhos – ou até mesmo sozinho – se tornou um pesadelo. As pessoas apontavam para ele, e as crianças tinham medo.

Perdeu a esperança de viver uma vida normal

Patrick sempre usava um boné e óculos de sol, assim como próteses especialmente designadas para substituir suas orelhas.

“Eu tinha filhos. Era muito difícil. Eu nunca tirei férias das feridas. Quando você sai em público, era diário. E, sabe, é muito – não tem como explicar tudo”, ele disse.

“Você vai para o campo de futebol e você tem que se preparar para as crianças saírem correndo gritando.”

Durante anos, Patrick lutou contra a dor e olhares das pessoas quando andava nas ruas. Ele estava perdendo todas as esperanças de viver uma vida normal, e começava a pensar que sua aparência desfigurada seria uma maldição permanente.

Mas conforme o tempo passou, cirurgiões desenvolveram novos métodos para transplantes faciais. Finalmente, em 2005, Isabelle Dinoire se tornou a primeira pessoa a fazer um transplante facial. Hardison, porém, já havia desistido de conseguir a ajuda que ele tão desesperadamente queria.

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Então, um dia, um amigo encontrou o Dr. Edurardo D. Rodriguez, que trabalhou no NYU Langone Medical Center em Nova Iorque. Rodriguez havia feito um transplante facial antes, e então a busca começou para encontrar um doador para Patrick.

Após um ano, a busca de Hardison havia encontrado apenas dois doadores em potencial. O primeiro tinha boa compatibilidade – mas o tipo de tecido não.

Patrick Hardison – doador de face David Rodebaugh

O segundo candidato parecia muito promissor. Porém, a família do homem retirou ele da doação.

Hardison estava se preparando para aceitar que ele nunca teria o transplante facial. Então, do nado, outro doador em potencial apareceu. LieOnNY, uma organização sem fins lucrativos, que coordena doações de órgãos na área de Nova Iorque, havia encontrado um possível doador. A face pertencia a David Rodenbaugh, de 26 anos, que havia recebido uma enorme ferida na cabeça em um acidente de moto e teve a morte cerebral declarada.

Após David falecer, sua mãe, Nancy Millar, decidiu doar os órgãos do filho, incluindo fígado, coração e rins. Ainda mais importante, ela decidiu doar sua face.

“Ela disse, ‘É melhor que aproveitem a face dele. Ele tem a face de uma boneca de porcelana.’ E ele é um doador – nós falamos sobre isso”, Millar contou à People.

Ela não hesitou nem um momento quando ouviu sobre Patrick e a possibilidade de ele receber um transplante facial. Para ela, era uma maneira de David continuar vivo.

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“Quando eu encontrei Patrick, eu vi essa força, esse tipo de energia robusta, forte, masculina, nele – que David tinha”, ela se lembra.

“David queria ser um bombeiro, e eu sabia que se esse cara era um bombeiro – ele estava disposto a entrar nas chamas e salvar as pessoas enquanto arriscava a própria vida – então ele tinha a mesma força que Davia tinha.”

Dr. Eduardo D. Rotriguez juntou uma equipe de 100 médicos, enfermeiras e outros auxiliares médicos, e, juntos, eles se prepararam para a cirurgia de Hardison. Foi a cirurgia mais extensiva de tecido mole facial já realizada uma cirurgia que demorou incríveis 26 horas.

50% de chance de sobreviver à cirurgia

A equipe médica deu a Hardison uma nova face, couro cabeludo, e canais auditivos. Eles selecionaram porções de osso do queixo, bochechas e o nariz inteiro. Não apenas isso, mas Patrick também recebeu novas pálpebras, retornando a sua habilidade de piscar naturalmente.

Mas a cirurgia não era sem riscos. Por conta da natureza altamente complexa do procedimento, Patrick tinha apenas 50% de chance de sobrevier.

“Tudo na vida tem um risco”, Hardison contou à Time Magazine.

“Quando é sua hora de ir, você vai – seja andando na rua e sendo atropelado por um carro, ou deitado na mesa de cirurgia.”

Antes da cirurgia, Patrick se encontrou com sua família pelo que poderia ter sido a última vez.

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Sua filha mais velha, Alison, tentava entender por que seu pai estava tão desesperado para passar pelo procedimento.

“Ele disse, ‘Eu não vou ter mais que usar boné e eu não vou ter que usar óculos de sol. Eu vou parecer normal quando tiver que levar você até o altar”, Alison lembra de Patrick dizer.

“E foi aí que eu concordei.”

Por sorte, o procedimento foi um grande sucesso, ainda que tenha sido apenas o início de uma longa jornada para Patrick. Durante a primeira semana após a operação, ele teve que passar por sustos durante as madrugadas envolvendo mudanças na pressão sanguínea e vias aéreas instáveis.

A nova face também significava que ele teve que reaprender a falar e engolir de novo, e ele sofreu tanto com ansiedade e crises frustração por conta disso. Ele não conseguia nem fechar sua boca por conta do inchaço.

“Eles me deram uma nova vida”

Ainda assim, a cirurgia alterou sua vida. Patrick não só experimentou o prazer de ver sua família de novo, mas também encontrou com a mãe de David Rodebaugh, Nancy Millar. Seu primeiro encontro após a cirurgia foi emotivo, e Nancy tinha um pedido a fazer.

“Eu disse, ‘Posso beijar sua testa?’” Milla disse. “É a única coisa que eu queria fazer, porque toda noite antes de David ir para cama quando era pequeno, eu beijava sua testa.”

“Eu esperei por um ano para encontrar ela. Eu estou muito grato”, Patrick disse. “Sem ela, isso não teria sido possível. É como se ela fosse parte da família. Nós nos conectamos facilmente.”

Agora já se passaram muitos anos desde que Patrick passou pelo transplante facial. Desde então, sua vida mudou muito – ele e Chrissi se divorciaram um ano após a cirurgia, após dez anos de casamento.

Youtube/NYU Langone Health

A face de Hardison se recuperou bem, e o inchaço passou. Ainda que ele tenha que tomar remédios para impedir a rejeição pelo sistema imune de seu corpo durante o resto da vida, isso o deu uma chance de viver novamente.

“Eu estou profundamente grato pelo doador e a família”, Hardison disse.

“Ainda que eu não soubesse quem fosse, eu rezava por eles todos os dias, sabendo que era uma decisão difícil que teriam que tomar para me ajudar.”

“Eu espero que eles vejam a bondade de suas ações em mim. Eu também quero agradecer ao Dr. Rodriguez e seu incrível time. Eles me deram mais do que uma nova cara. Eles me deram uma nova vida.”

Patrick Hardison hoje – fotos

Hoje, o pai de cinco quer usar sua jornada e recuperação para espalhar a mensagem de que nunca é tarde o bastante para parar. Patrick fala sobre esperança e deseja ajudar os outros a lidar com suas feridas debilitantes.

“Eu comprei meu próprio local, estou trabalhando em construir uma casa. Eu estou trabalhando em um livro”, Hardison contou à Fox em 2021.

Twitter/PatrickHardison

“Por querer mostrar ao mundo que você pode ter esperança. Eu não iria querer pessoas que são como eu há anos atrás a pensar que isso é tudo, eu tenho que viver assim. Você não. Você consegue tudo.”

A recuperação de Patrick Hardison é um milagre, e nós fomos incrivelmente inspirados pelo cirurgião Dr. Eduardo D. Rodriguez e sua equipe. Vocês são verdadeiros heróis!

Por favor, compartilhem este artigo no Facebook com amigos e família para honrar o trabalho da equipe médica que ajudou Patrick a ter sua vida de volta.