Para a maioria de nós, os aviões simbolizam apenas uma coisa: férias. Por isso, o clima dentro dos aviões é, em geral, alegre — com tanta gente viajando de e para destinos de férias, prontos para fugir do estresse do dia a dia.
Shelia Frederick é comissária de bordo da Alaska Airlines. Ela não fazia ideia de que um voo de rotina para San Francisco, EUA, fosse mudar completamente vida dela.
Um homem bem vestido estava sentado ao lado de uma jovem loura com roupas bem velhas e maltrapilhas. Ela levantou os olhos quando Shelia passou e, naquele momento, a comissária teve a sensação que o olhar da garota estava penetrando em sua alma.
Atitude suspeita
Quando Shelia tentou conversar com o homem, ele agiu de maneira muito suspeita. Shelia ficou então com a impressão de que havia algo de errado ali. Ela foi até um dos banheiros da aeronave e deixou lá um pedaço de papel e uma caneta.
Depois, passou novamente pelo assento da garota e deu um jeito de fazer um sinal, sugerindo que ela fosse até o banheiro.
A jovem percebeu a dica de Shelia e foi. Quando Shelia voltou ao banheiro, encontrou uma palavra perturbadora escrita no pedaço de papel: “Socorro”.
Shelia foi direto ao piloto e juntos, conseguiram chamar a polícia, que ficou à espera do voo no aeroporto de San Francisco, de acordo com o jornal Independent.
Na realidade, a jovem era vítima de tráfico de humanos e tinha sido raptada havia dois meses.
A menina que Shelia ajudou a resgatar tinha apenas 14 anos. Depois desta ocasião, Shelia tornou-se membro da Airline Ambassadors International, uma organização criada em 2009 pela ex-comissária de bordo Nancy Rivard, que tem como objetivo treinar os comissários para serem capazes de detectar situações de tráfico de humanos.
A organização é parceira da polícia de fronteira dos EUA para atacar o tráfico de humanos.
Comissários de bordo podem ser peças fundamentais nesta luta, se prestarem atenção aos sinais corretos, explica Nancy.
Algumas semanas depois do ocorrido, Shelia recebeu um telefonema da menina que ajudara a salvar: “Obrigada por salvar a minha vida”, disse ela.
A garota foi levada ao encontro dos pais e começou a fazer terapia para superar tudo o que passou.
Ela e Shelia permanecem em contato.
Mais de um milhão de vitimas
As Nações Unidas calculam que, a cada ano, cerca de 1,2 milhões de crianças e adolescentes são vitimas do tráfico de humanos, que é a terceira maior atividade criminosa no mundo, depois do tráfico de drogas e o de armas.
Tanto meninas como meninos são vitimas deste tipo de crime e podem ser explorados sexualmente, como mão de obra escrava, para adoção ou forçados a cometer furtos, mendigar ou traficar drogas — e outras situações que não podemos aceitar.
Assista abaixo à reportagem sobre o caso, para ter mais detalhes:
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Publicado por Newsner. Por favor, curta.