Esta é a história de uma garota com um grande coração e uma enorme vontade de viver a vida. É uma história que todo mundo deveria ler. O conto de Gizzell Ford é infelizmente verdade, não importa o quanto eu gostaria que não fosse.
Quando você estiver lendo isso, deve se lembrar que não é apenas sobre Gizzell, mas sim sobre as milhares de crianças que são forçadas a sofrer o mesmo pesadelo todos os dias.
Para Gizzell, as coisas não acabaram bem, mas escrevo isso na esperança de que a história dela seja um alerta, para que não mais crianças tenham que suportar esse tipo de crueldade.
Como muitas outras crianças, Gizzell Ford, de 8 anos, era uma garotinha feliz, curiosa e inteligente. Ela amava a escola e gostava de fazer novos amigos.
Tal como acontece com muitas outras de sua idade, ela tinha um diário. Só que as anotações não estavam cheias de corações de amor e mensagens secretas sobre os meninos que ela gostava. Em vez disso, a verdade revelada nas páginas do diário de Gizzell é tão horrível que é difícil de ler.
Em 12 de julho de 2013, Gizzell ou “Gizzy”, como era comumente chamada pelos amigos, foi encontrada morta em um apartamento sujo e cheio de pragas de sua avó em Austin, Texas. Ela havia sido espancada e estrangulada. Em seus pulsos havia marcas mostrando que ela havia sido amarrada, e nas costas dela, uma ferida tão infectada que havia larvas, de acordo com o Chicago Tribune.
https://www.facebook.com/blaquehaven/photos/a.138587309639116/1073263452838159/?type=3
Apenas alguns meses antes de sua morte, Gizzell e dois irmãos se mudaram para morar com seu pai Andre e sua avó Helen. Andre tinha uma doença séria que significava que precisava de cuidados constantes e não podia cuidar de si mesmo.
Foi Helen quem cuidou da família e, para quem estava de fora, parecia qualquer outro lar. As páginas do diário de Gizzy e vídeos encontrados no celular do pai, no entanto, mostraram o contrário.
Todos os dias, Gizzell era punida por se comportar mal. Ela era forçada a fazer agachamentos, ficar em posições desconfortáveis e ficava com uma meia suja em sua boca se fizesse barulho. Ela também era espancada, atormentada e muitas vezes teve que ficar sem comida ou água.
No dia 11 de julho de 2013, ela escreveu pela última vez no diário: “Eu odeio a minha vida, estou numa situação horrível”.
GRANDMA'S GRISLY CRIME: 8-year-old Gizzell Ford's body was found covered with blunt force injuries and cuts. She had maggots in a head wound, bruises and scratches all over her body… http://abc7.ws/2meTrN0
Posted by ABC 7 Chicago on Thursday, March 2, 2017
E ainda, apesar do inferno que ela vivia, Gizzy permanecia positiva. Em seu diário, podia-se ler que ela sabia que seria punida por “agir”, mas que esperava se transformar em uma jovem inteligente e bonita. Ela também escreveu sobre como sonhava em brincar com seus irmãos e assistir TV.
Gizzell Ford’s family will continue lawsuit against DCFS, doctor http://m.tbnn.it/NXFKsT
Posted by West Loop Chicago News on Friday, March 3, 2017
“Morte lenta e agonizante”
O pai de Gizzell morreu de uma doença crônica antes que ele pudesse ser julgado no tribunal, mas, ao processar a avó de 55 anos, a juíza Evelyn Clay nem tentou esconder sua indignação com o abuso que infligira à neta.
“Esse assassinato foi uma tortura”, disse Clay, segundo um artigo da People.com. “A criança sofreu uma morte lenta e agonizante. Aquele corpinho parecia ter sido pulverizado da cabeça aos pés. O tratamento que ela deu a essa criança foi terrível”.
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De acordo com o Chicago Tribune, a bela caligrafia de Gizzy no diário se transformou em um “rabisco irregular”, indicando uma sensação de medo.
O tribunal descobriu que essa linda jovem havia sido esquecida pelo sistema legal. Um investigador de serviços sociais visitou a casa de Gizzell cerca de um mês antes de sua morte, mas não agiu. E um médico de abuso infantil examinou a menina, mas nunca relatou uma lesão suspeita, observou o tribunal.
A avó Helen foi condenada à prisão perpétua por homicídio.
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