As gêmeas Kendra e Maliyah Herrin chegaram ao mundo em 26 de fevereiro de 2002.
Seus pais, Erin e Jake estavam felizes que suas filhas finalmente estavam com eles.
Ao mesmo tempo, eles tinham que tomar uma difícil decisão que alteraria suas vidas.
Kendra Deene Herrin e Maliyah Mae Herrin nasceram em 26 de fevereiro de 2002 em Salt Lake City, no estado americano de Utah.
As irmãs chegaram como um raro caso de irmãs xilófagas ou conjugadas e compartilhando grandes intestinos, bexiga, fígado e um único rim.
Kendra e Maliyah estavam conectadas no abdômen e pélvis e compartilhavam vários órgãos vitais e um par de pernas.
Bem cedo, os pais Erin e Jake sabiam que separá-las seria incrivelmente arriscado.
Os médicos disseram aos pais que suas meninas não tinham órgãos necessários para sobreviverem por sua conta fora do útero de Erin.
Até o seu nascimento, os médicos não estavam certos de que elas sobreviveram a suas primeiras semanas.
Quando Erin ainda estava grávida, ela foi aconselhada a abortas as gêmeas.
“Outro médico nos disse para simplesmente abortar a gêmeas porque haveria muitas complicações. Mas eu já tinha visto a face das nossas filhas na ressonância e já estava apaixonada por elas”, conta Erin.
Fosse em um dia ou vários anos no futuro, Kendra e Maliyah iriam ter que enfrentar problemas de saúde potencialmente fatais enquanto cresciam.
Conforme as meninas cresceram, Erin e Jake finalmente enfrentaram o difícil dilema – manter suas filhas unidas ou tentar uma cirurgia extremamente arriscada de separação.
Uma separação de sucesso garantiria uma chance maior de sobrevivência até a idade adulta, mas a operação também vinha com o risco de perder uma das duas filhas.
O maior problema médico que Kendra e Maliyah enfrentavam era o rim compartilhado.
De acordo com as estatísticas, apenas 75% das operações cirúrgicas resultam na sobrevivência de ao menos uma das gêmeas.
Mas Kendra e Maliyah herrin estão desafiando as estatísticas durante toda sua vida.
Depois de vários testes e triagens, os médicos decidiram que uma possível cirurgia involveria Kendra retendo um rim e Maliyah recebendo um transplante.
Porém, transplantes de rim são geralmente impossíveis em crianças pequenas, Kendra e Maliyah teriam que esperar até terem quatro anos de idade para realizar a cirurgia se os médicos quisessem ir por esse caminho.
Após muita deliberação, Erin e Jake concordaram em aceitar a operação. Tudo que tinham que fazer era aguardar até suas filhas estarem velhas o bastante.
Em 7 de agosto de 2006, seis experientes cirurgiões trabalharam juntos na cirurgia de separação de Kendra e Maliyah.
Graças a Deus as duas gêmeas conseguiram passar por suas longas e cansativas operações.
Após as meninas serem estabilizadas, Jake e Erin se voltaram ao público, que estava atentamente seguindo a dramática história dos Herrin.
“Tudo está indo melhor do que poderíamos esperar. As Preces estão funcionando”, disse Jake.
“Elas nos deram a coragem que não sabíamos que meninas de 4 anos podiam ter”, adicionou Erin.
Kendra e Maliyah foram a primeira dupla de gêmeos siameses a ser separados e compartilhavam um rim.
Mas ainda que a cirurgia tenha sido um sucesso, as gêmeas ainda tinham uma longa estrada de reabilitação à sua frente. Por exemplo, as duas gêmeas tinham que ter suas bandagens trocadas três vezes na semana.
Tirar as antigas e colocar as novas bandagens demorava horas para cada irmã. Por cada irmã ter sido deixada com uma perna após a cirurgia, elas precisaram aprender a andar do zero.
Além disso, Maliyah necessitava de cuidado especial e três sessões de diálise por semana.
Logo, porém, todos perceberiam que a milagrosa recuperação das gêmeas era uma história fora do comum.
Quando disseram a Erin que Maliyah necessitava de um novo rim, ela não hesitou nem por um segundo.
Ainda que o rim de Erin fosse compatível, não tinha jeito de saber se o corpo de Maliyah iria aceitá-lo. Mas ele aceitou!
As irmãs Herrin agora têm 17 anos e vivem em Salt Lake City. Cada uma tem apenas uma perna, mas ainda são gratas a seus pais por decidire realizar a perigosa operação.
Enquanto Kendra e Maliyah certamente aproveitam suas novas vidas como indivíduos separados até hoje, elas ainda compartilham uma próxima relação como irmãs.
“As meninas finalmente estavam felizes e independentes, mas às vezes eu encontrava elas brincando e andando pela casa com as muletas, às vezes segurando uma na outra como se ainda estivessem juntas”, disse Erin.
Infelizmente em 2015, o corpo de Maliyah começou a rejeitar o rim que sua mãe havia doado. Seu primeiro transplante foi na idade de 5 anos, o rim durou por 10 anos antes de começar a ser rejeitado.
Isso, é claro, foi um golpe devastador à família dos Herrin, mas mais uma vez eles demonstraram força e positividade.
E, finalmente, em 2018, os Herrin postaram algumas grandes notícias – eles finalmente encontraram um doador anônimo!
Um teste de anticorpos foi realizado recentemente em seu novo rim – e não há sinais de rejeição alguma! Nenhum anticorpo está tentando atacar seu novo rim, então, com sorte, tudo ficará bem dessa vez!
Hoje Maliyah e Erin não podem mais ser chamadas de adolescentes.
Em fevereiro de 2022, essas belas mulheres celebraram seu 20º aniversário juntas. Um mês mais tarde, Maliyah terminou a graduação no Colégio Técnico, e sua ambição é de começar a trabalhar em design gráfico!
Através de todas as dificuldades, Kendra e Maliyah conseguiram prosperar graças a suas atitudes positivas. Seja aprendendo a engatinhar como bebês, sobrevivendo a arriscada separação de cirurgia, ou reaprendendo a andar após a separação, as meninas mostraram o quão fortes elas realmente são!
Que jovens meninas incríveis vocês são! Seus pais devem estar muito orgulhosos que vocês são uma inspiração para todos!
Compartilhe a história delas se você também está impressionado com os Herrin!